
acompanhado da mais dúbia indagação
não descreveria o mais puro desapontamento
que sinto no remoto interior do meu coração.
Vivemos como loucos
aproveitando este prazer cabal
mesmo vivido por tão poucos
acabamos-nos sentindo mal.
Confudimos essa nossa expressão purista
não enterpretando o entender do outro
numa pungente relação artista
escondemos uma verdade, um caso, um tesouro.
Muito mais vale uma relação concreta
do que apenas uma fantasia montada
pois apenas criamos o nosso fechado anatema.
Estamos réprobos
a uma lembrança tempestiva
que não deixa claro o que fizemos da vida.
Autor: Fellype Alves de Abreu