O chão concretado da calçada fria, é estranhamente confortável como a mistura de sons que se perdem na minha cabeça entre meus fones e caoticidade do transito de carros que se perdem de um horizonte a outro e suas mil luzes. E ainda assim me sinto desafogado por te carregar no peito, e sufocado pelos meus e nossos sonhos.
Espaireço entre a complexidade do raciocínio simples com suas limitações e a tua linda nudez a qual derrapo a cada sinuosa curva que me ensopa a boca como bruto animal condicionado pelas experiências e fantasias. Meus impulsos carnais são fortes o bastante para não me deixar simplesmente sucumbir e bugar. É do meu feitio perscrutar as entranhas da mente, mas ao revolver as minhas vísceras corrompo o frágil conceito de mim, ou do mundo. Esse lapidamento, ainda não compreendo como construtiva obra, ou destrutivo como um desmanche. Porém não sei me fazer diferente, e não consigo deixar passar como despercebido os efeitos desajustados.
Em meio as minhas pertubações, teu corpo e teu cheiro, teus jeitos e gracejos, me enaltecem meus ânimos e despertam minhas vontades. E quantas vontades...
Fellype Alves de Abreu