Perdoa-me por cada descontrolada mania
Perdoa-me pelo meu exagerado vicio de tudo reflexionar
Que eu te perdoo-o por tão deliciosamente me amar.
Perdoa-me por cada futura lembrança esquecida
Perdoa-me por cada dentada, cada mordida
Perdoa-me por eu não saber na tua frente dançar
Que eu te perdoo-o por tão inocentemente saber me enfeitiçar.
Perdoa-me pelas minhas tantas desleixadas falhas banais
Perdoa-me por não ser o mais sensato ser centrado nos mundos reais
Perdoa meu desfocado desencaixe social
Que eu te perdoo-o por tomar como ninguém minha elétrica libido natural.
Eu te perdoo-o pelo doce atrevimento dos traços de nossas hachuras
De querer compartilhar da tua as somas de nossas loucuras
Perdoo-o esse lindo pesar do teu traço marcado no meu, envoltos em amassados lençóis
Em sombra, em luz, em perspectivas barulhentas de uma psico abstrata desse ser uníssono
que é sermos nós.
Perdoo-me por não haver perdão
Te perdoo-o,
Perdoo-o por não termos o que perdoar de nossa horrorosa culpa nesse show...
Pois não somos mais que apenas seres estrelados, somos seres culpados por nosso amor.
Fellype Alves de Abreu