Introspecção


Tempo e espaço eu confundo,
E a linha de mundo é uma reta fechada.
Périplo, ciclo, jornada de luz consumida
E reencontrada.
Não sei de quem visse o começo,
E sequer reconheço,
O que é meio o que é fim.
Prá viver no teu tempo é que eu faço
Viagens no espaço,
De dentro de mim.
Das conjunções improváveis,
De órbitas instáveis,
É que eu me mantenho
E venho arrimado nuns versos,
Tropeçando universos,
Prá achar-te no fim
Deste tempo cansado de dentro de mim.
— Paulo Vanzolini
event domingo, 31 de agosto de 2014
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