E foi encarando os fatos que fui encarado.
E foi dando a verdade que fui pela autoridade surrado.
E foi correndo na estrada de tijolos amarelos que fui atropelado,
Pelas marchas e gritos dos homens de lata desafortunados.
Convenhamos que não sabemos tanto quanto queríamos
Que o passado não faz falta pra nós que miramos o futuro desaparecido.
Que nada nos importa daquilo que não temos consciência, nossa pena
Somos mortos atrofiados, com desejos vivos de mudança. Quanto prazer querido!
Inútil aquele que vive como uma pedra lisa sem peso pro mundo, deus e si mesmo.
Quanta expectativa muda, num tempo que me cobra
a responsabilidade sobre o que espero do futuro da ampulheta recém virada.
Por mim, que caia e quebre sem indagações, no entanto,
que eu viva inconformado eternamente, que em êxtase viva debruçado sobre o tempo que me mata.
Que morram os inertes conformados, e que mudem os revolucionários a si mesmos.
Que os incomodados permaneçam! E criem!
Criem novas formas, novos mundos. Que transformem a beleza estética ou funcional,
evoluam com suas mentes desvisceradas antes que seus corpos se transmutem com lixo capital.
Afinal, você não controla seu primeiro capitulo, mas se responsabiliza até seu ponto final.
Fellype Alves de Abreu