Sei que há algo de incomum nessa face selvagem desse filme bobo que somos obrigados a assistir desde que nascemos. Isso mesmo, a vida é um filme pra mim. As vezes pode ser um jogo, uma foto, um vídeo, uma musica, um quadro ou uma chama de vela. Cada perspectiva individual, nos apresenta o mundo de forma diferente, mas vou explorar aqui como se um livro fosse. Podemos le-lo por completo, mas é um fato chato que achamos que desde o inicio já sabemos o fim. Uma certeza que a consciência nos prende, é o ambíguo ideal de fim. As folhas de rabiscar acabam, o doce acaba, a brincadeira também. Crescemos e tudo nos mostra, nos leva a crer e a entender que tudo acaba. Na parte do nosso livro que tomamos autoria, pra ser mais exato, desde de que ganhamos alguma consciência critica e partimos a tomar nossas decisões, quando aprendemos o poder do "não", quando sabemos que não só temos como precisamos ter opinião é que começam experiências mais interessantes. Desde essa parte do livro, o que vem nos mostrar um fim que optamos por mantê-lo tão longe a nossa frente, folhas chegam passam em branco com olhares apagados a nossa volta quando não há nada de novo, por vezes o livro deixa de ser escrito, mas as folhas passam e não param.
Olho pra tudo isso, tudo mesmo. Minha ideia de tudo se limita ao que conheço dele, mas tudo é confuso. Como tanto pode ser tão pouco? Vejo, porem o que vejo? O que significa todos esses átomos? Toda essa matéria? Claramente visível ou não? Porque tanta ordem no absoluto caos? Porque há um começo se haverá um fim? Onde o sentido começa?
A vida é linda e imensuravelmente maravilhosa, rica em infinitos infinitamente inconstantes. A vida é complexa e interessante de entender. A ciência pode promover o mal e o bem. A humanidade em todas suas abrangências pode alcançar o topo de tudo que há de melhor na sua existência. Contudo, a existência que busca, que necessita, que clama por um único objetivo licito, caminha hoje rumo a um canto escuro qualquer de seus próprios maus e ordens. Nascemos para descobrirmos o mundo e viver sempre novas experiências correndo em busca do novo aproveitando a natureza, o momento. O ritmo normal entrou num estado rápido e segue a ideia de ter de ser produtivo de resultados responsáveis. Não que eu queira insinuar que responsabilidade seja ruim, porem esse mecanismo sócio-virtual, era dos smartphones, da informação instantânea... Essa carga de pouco tempo pra pouca coisa... Isso parece flagelar nossa humanidade.
A vida é linda e imensuravelmente maravilhosa, rica em infinitos infinitamente inconstantes. A vida é complexa e interessante de entender. A ciência pode promover o mal e o bem. A humanidade em todas suas abrangências pode alcançar o topo de tudo que há de melhor na sua existência. Contudo, a existência que busca, que necessita, que clama por um único objetivo licito, caminha hoje rumo a um canto escuro qualquer de seus próprios maus e ordens. Nascemos para descobrirmos o mundo e viver sempre novas experiências correndo em busca do novo aproveitando a natureza, o momento. O ritmo normal entrou num estado rápido e segue a ideia de ter de ser produtivo de resultados responsáveis. Não que eu queira insinuar que responsabilidade seja ruim, porem esse mecanismo sócio-virtual, era dos smartphones, da informação instantânea... Essa carga de pouco tempo pra pouca coisa... Isso parece flagelar nossa humanidade.
Há um tudo completo. Não o meu e nem o de qualquer outra pessoa. Mas um tudo que reúne todos os livros de todas as vidas que já existiram de cada átomo com alma. Cada pessoa, pedra, sentimento, teoria, deus e demônio; estão inclusos aqui assim como tudo que se é possível imaginar. O sumo disso é puramente doce. Entretanto, há um defeito, um vírus, um erro de programação na humanidade. Essa espécie de veneno nos infecta silenciosamente e suja a pureza que se perde com o aprender nos anos de vida que passam, aprendemos a andar assim como aprendemos a nos infectar com tanta corrupção desumana.
Há vários defeitos. A industrialização exagerada como se fosse necessária, o comodismo como se fosse normal, o alto poder pra poucos como se fosse justo, moralismos que reprimem instintos livres prazerosos, criação de leis pro básico pra mentes loucas e vazias de amor universal, homens que tentam desvendar deus em plenitude a postos de porta-vozes, pessoas chegam nem a serem comparadas como se pudesse haver alguém mais valioso que outro. Que raça cruel é essa que dá valor quantitativo diferente aos seus semelhantes? Somos todos diferentes e é isso que temos de igual? Não, porque há algo mais como essa infecção mundial.
A vida é bela e grandiosamente magistral. Há amor, tantas texturas, tantos sabores, tantos lugares, e tantas pessoas, tanto bem. E juro que todos os dias que entro numa via dessa reflexão, inocentemente não entendo a razão pra tanto ódio, tanta destruição, tanto desgosto, tanta imobilidade, e tanta rivalidade.
Por vezes tenho o prazer de sentir o calor de um corpo, a textura gostosa das palavras e lugares certos. É estranhamente curioso que eu que até aqui descreva a humanidade em seu atual estado tal qual uma imundície sem escrúpulos. Tenta ainda balancear isso tentando recordar minhas boas experiências, mas continuo sujo dançando e rolando nessa lama. Já sujo por dentro e por fora. Não tenho ainda qualquer esperança que possa sair dessa "armadilha" vivo se tanto do que amo, aqui está. Tudo meu está na lama; meu amor, meus amigos, meus parentes, tudo. Porque não sei o que há fora do meu livro, da minha ideia de universo. No fundo esse autor além de sujo é apegado demais as flores dessa lama que o expira. Ninguém o pôde mostrar se haveria vida sem essa venenosa infecção. E se devo falecer na lama, que seja então feliz, amando, cheio de amigos verdadeiros, provando sempre do néctar da realidade torpe. Infelizmente algo me inquieta descontroladamente.
Fellype Alves de Abreu