O que faz comigo?


     Não sou o cara mais carregado de todo romantismo, e até acho que não acredito em amores infinitos, porque nenhum desses tive a honra de ver em sinceridade e sanidade. Vivo meus relacionamentos aos eixos do prazer. Vivo o meu agora em prol do momento presente. O resto, não vai muito além do que a palavra "resto" limita.

     Todos os dias quando acordo, vejo onde cheguei e como tenho conseguido isso. Não que eu tenha carreira profissional e bens, até porque sou só um vestibulando ainda, e até meu sucesso profissional(ou não) já é outro post, mas vejo o que tenho vivido, o que também não é muito. O que acho que quero dizer, é que do pouco que vivi, e pude tanto aprender, eu não aprendi ainda sobre o que sinto. Nunca sei bem o que sinto, e descrever então...

     Eu cheguei com meu jeito calado e distante de sempre, e você com esse teu sorriso que me esquentou a alma. Eu pensava na solução para uns problemas alheios, quando minha solução individual estava diante dos meus olhos. Era você. É quem iria preencher o vazio tempestivo da minha cabeça, é você a voz que faltava na minha consciência. É da tua boca que eu provaria os pensamentos da alma e do espírito, e fui pensante mais longe pela janela dos teus olhos.

     Sei o que faço, sei onde estou. Tenho tido sabedoria pra entender onde tenho me metido ou não. Mas o que realmente eu guardo por de traz dessas paredes racionais que me põem rédeas ao me impedir gritar, eu não sei o que há. Sei que há algo e as vezes temo tentar quebrar tal baú,  esse futuro tão certo pra mim, se perde entre minhas indagações e minhas antecipações que hora me frustram, hora me surpreendem. Eu sei onde estou, mas o que venho fazendo? Minha razão não me responde nada mais do que: "Apenas viva", e isso não me é mais o bastante. Há algo grandiosamente lindo nesse jogo nosso, eu sinto, eu vejo, mas o que é?
Fellype Alves de Abreu
event quarta-feira, 5 de junho de 2013
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