Tô tentando cuidar
da minha empresa, vida
onde não sei em que chão pisar
e nisso venho perdendo a linha.
Tá tudo desorganizado
moralmente nada no lugar
joguei toda papelada pro alto
mas tô apaixonado
pela droga do meu trabalho.
Na minha empresa, vida
todo conhecido é por mim empregado
e é devidamente pago
pelo serviço a mim prestado
Pago ódio, amor, esperança
atesto toda lembrança
que valendo eu possa pagar
e se ainda preciso for
pago até com minha alma
sem garantia alguma
dou somente minha palavra
sincera, cruel ou muda
minha empresa desnuda
de morais alavancadas
faz do mundo sua sede, sua casa.
Autor: Fellype Alves de Abreu
