Uma alma corria embriagada por entre os becos do próprio eco
não suportava mais a lembrança do que já havia clamado
e se sufocava com os próprias vontades de se matar
mas era mais forte que o suicídio, ou bem mais fraca.
Não conseguiria parar em meio a pista
só lhe restaria correr e correr, de novo se perder
ou se achar perdido. Era confuso e ninguém o disse que não seria.
Corria e corria. Tão fácil caia, e não era hábil em se erguer.
Tudo a sua volta o sufocava.
as imagens coloridas em movimento mal sintonizadas
os desarranjos de sons descombinados e altos
e um mal-estar que lhe percorriam as veias estupidas.
Ele não precisava se matar,
pois já morria.
Fellype Alves de Abreu