*Texto carregado de pensamentos meus. Sem compromisso algum com o real.
Consideremos Thomas Hobbes, quando ele disserta sobre a frase de Plauto:
Consideremos Thomas Hobbes, quando ele disserta sobre a frase de Plauto:
O homem é o lobo do homem. Estaria o homem inclinado a promover o mal e ser ele o predador de si mesmo?
Sim, realmente o homem está naturalmente inclinado a promover o mal. Se analisado por um ponto de vista histórico, desde muito tempo o homem é uma maquina de destruição em massa capaz de destruir a natureza e si mesmo com muita facilidade. O bicho-maquina-homem é incapaz de construir sem destruir, ele cria a medida que modifica a natureza selvagem ou a psicológica. E não digo que construir ou criar é ruim, mas é uma tendencia se envenenar quando não há escrúpulos e assim o globo tem sido consumido e modificado. Pode-se até se dizer que o mundo é o que homem permite que o seja quando lhe convém.
Temos de aceitar um contrato social que nos limita propositalmente porque não temos limites. Entendemos uma ética que é constantemente flagelada com as mais diversas atitudes imorais, já muito comuns no dia-a-dia. O erro está em meramente achar comum a maldade(crueldade) quando não nos atinge. Estamos indiferentes frente aos canais sem escrúpulos. Talvez nos falte aprender a perder(em sentido de doar) para que ganhemos socialmente mais.
Há lixo jogado nas ruas, políticos que ganham salários exorbitantes e como se fosse pouco ainda ganham auxílios realmente desnecessários e tudo isso para um trabalho com o qual eles não tem compromisso, pais que não educam, professores que não querem dar aulas, crianças que não querem aprender... Estamos imersos numa sociedade hipócrita, que sabe o certo, mas que por preferência opta pelo errado. Alguns filósofos modernos atrevem-se a dizer que hoje os valores estão invertidos. Que valores? O egoísmo nos faz lutar pelo dinheiro, por reconhecimento, pela sobrevivência. Aqui se cria um conflito. Todos tem algumas necessidades em comum, entretanto apesar da poética ideia de bondade, se o homem precisar passar por cima de seu próximo, por cima vai passar. O fazer o bem e fazer o mal é algo situacional, mas se a situação quando necessidade tiver de ser optada, o juízo consciente, inteligente e principalmente egoístico se manifesta. Na história se vê que é preferível guerrear, destruir e matar para prevalecer a soberania sobre algumas necessidades, do que as compartilha-las. É o que aprendemos com a cultura que temos hoje e será bem idêntico ao que a próxima geração vai aprender também. Lutamos por ter o que comer e comer o melhor possível, por como melhor nos vestir de acordo com o nível social em que estamos ou que almejamos estar, por uma desnivelação social em nossa sociedade extremamente consumista onde todos querem muito e da melhor qualidade, lutamos até para ter saúde e segurança. Lutamos e lutamos nesse meio civilizado. Se um dia nossa natureza egoica e cruel foi necessária para nossa evolução e desenvolvimento frente a outros seres a alguns milhões de anos atras, hoje essa mesma natureza presa ao nosso instinto fere nosso suposto futuro.
Realmente é necessário uma lei que diga que não podemos roubar, agredir e matar. Porque caso contrario, se contacemos apenas com nossa moral que é por vezes falha, porque o próprio homem é falho e assume isso uma vez ou outra, viveríamos em pleno caos. A lei e a ética asseguram o que muitas vezes é óbvio, mas temos o "jeitinho brasileiro" ( que é um jeitinho internacional ) ou frases que são citadas tristemente com certo prazer como: "Se você obedece as regras acaba por perder a diversão". Todavia Jonh Locke destacava que as leis foram feitas para os homens e não os homens para as leis. Perceba o quanto é sabia essas palavras.
Volto para a mesma questão. O homem está realmente inclinado a promover o mal? Sim, realmente está. Haverá sempre ao menos um caminho de duas vias naturais a se escolher, pelo menos um supostamente bom e outro da mesma forma, ruim sem querer resumir a vida a uma ideia maniqueísta. Relatividade, moralismo, egoísmo/altruísmo, cultura/educação, senso, instinto, religião? Quando se encaixam? Até onde existe o mal e o bem? Até onde cada caminho está/estará mais aquém de decisões mais "certas"? Cada caso um caso novo... Um novo pensamento em novo contexto, uma nova resposta.